REGULARIDADE

 

A REGULARIDADE é o respeito pela Tradição Maçônica. Os dicionários fornecem as seguintes designações para este verbete: Cumprimento exato das leis e dos deveres. Método, Ordem, Pontualidade. Estrita observância das regras de uma ordem monástica.
A REGULARIDADE - O respeito; a estrita observância pela Tradição Maçônica está em seguir suas origens que são muitas vezes colocadas na Idade Média, quando da constituição da Grande Loja da Inglaterra; nada mais inexato, sendo historicamente comprovado que no Antigo Egito já existiam ritos iniciáticos, os de Serapis, Amon, Horus, Ísis, e os da vida, paixão, morte e ressurreição de Osíris... os de Hórus e etc., nos quais os modernos rituais maçônicos obviamente se inspiraram, não faltando pinturas e murais que atestam essa verdade.
OS LANDMARKS – O Ir. Michael A. Botelho (grau 33), presidente do Conselho de Kadosh de Arkansas, EUA, afirmou em artigo recente que “saber o que é e o que não é importante nos Landmarks é uma das questões mais debatidas atualmente.” Segundo ele, o termo “Landmarks” foi criado por Albert Mackey, em 1865, quando o eminente escritor declarou: “os antigos e universais costumes da Ordem, aprovados e implantados pela autoridade competente, vêm de uma época tão distante que não foi possível localizar registros escritos a seu respeito ao longo da história”. Assim, Mackey definiu três requisitos básicos dos Landmarks, os quais continuam a ser adotados até hoje: 1) universalidade; 2) irrevogabilidade; 3) existência desde tempos imemoriais.
Ainda, segundo o Ir. Michael Botelho, em 1856, o Dr. Albert Gallatin Mackey (grau 33), tentou implantar os atuais Landmarks conforme a ótica de sua época, definindo um total de vinte e cinco Landmarks. Sete anos mais tarde, em 1863, George Oliver publicou o livro Freemason’s Treasury, no qual listou quarenta Landmarks. No século passado, algumas Grandes Lojas americanas se lançaram na difícil tarefa de quantificálos, o que gerou o seguinte resultado: As Lojas do Estado da Virgínia Ocidental definiram sete; as Lojas de Nova Jersey a Nevada, dez; e as do Kentuck encontraram cinqüenta e quatro.
O Ir. Joseph Fort Newton, em seu livro The Builders, tentou definir os landmarks com uma simples declaração: “ A certeza de que Deus é pai, a irmandade dos homens, a lei moral, a regra de ouro, e a esperança da vida eterna”.
Dentro de uma linha de raciocínio semelhante, encontramos os seis Landmarks listados por Roscoe Pound:
1- A crença num ente supremo.
2- A crença na imortalidade da alma.
3- A obrigatoriedade de se manter o Livro da Lei no altar da Loja.
4- A manutenção da Lenda de Hiram no terceiro grau.
5- A manutenção do simbolismo herdado da maçonaria operativa.
6- O maçom tem de ser livre e de bons costumes.
CONCLUSÕES:
Como é possível observar pelo acima exposto, não se sabe com certeza quantos e quais são os verdadeiros Landmarks, ficando, por conseguinte, muito difícil adotá-los como referência para se estabelecer critérios de Reconhecimento e Regularidade.
Em nenhum dos documentos históricos da maçonaria há registros sobre qualquer acordo entre lojas ou potências, informando que uma determinada potência possa ter autoridade para reconhecer outra.
A maçonaria não é propriedade de ninguém, não é e não pode, portanto, ser controlada por um poder central mundial.
Uma vez que nem a Grande Loja Unida da Inglaterra-GLUI e nem qualquer outra potência tem autoridade para exercer o Reconhecimento, o fato de ser ou não ser reconhecido por ela ou por qualquer outra potência do planeta não é significante. O que importa é que cada loja ou potência esteja ciente de sua idoneidade e espírito maçônico, de forma a poder reconhecer a si mesma como membro da Maçonaria Universal. O restante vem por acréscimo. Elias Mansur Neto.