RITO REGULAR

 

Não há nenhum órgão ou organização maçônica internacional, mundial ou nacional que tenha autoridade ou atribuição para conceder licença para criação de Ritos. Os Ritos se criaram e se criam livremente e só no século 18 surgiram cerca de 70.
Criado um Rito ele pode operar do primeiro ao último grau que se tenha sido estabelecido (sem pedir licença a ninguém). Cada Potência Maçônica (e somente ela) examina o conteúdo do Rito nos três graus simbólicos para saber se ele atendeu as exigências gerais (que contenha o simbolismo universal, tradicionalmente usado na Franco-Maçonaria) e caso positivo a Potência Maçônica (e somente ela) reconhece o Rito como regular e passa a administrar os três primeiros graus, sendo os Altos Graus, administrados por uma oficina filosófica.
As designações localistas como por exemplo: Rito de York, Escocês, Alemão (Schroeder), Brasileiro, Francês ... significam apenas a origem e nada mais.
Rito vem da palavra latina ritus, que era utilizada para designar a idéia de formalismo ou de algo convencional. As práticas antigas eram promovidas nesses atos formais ou convencionais, para que ficassem gravadas na imaginação. Os governantes procuravam imprimir gestos, cores, sinais, símbolos, palavras e sons, para criar condicionamentos uniformes na realização das práticas coletivas, que formam o Rito. O Rito incute nas pessoas o hábito cerimonial. O termo Rito se aplica no sentido de regra, ordem, método, orientação, diretriz, uso e outras conotações que impregnam a conduta humana de compromisso com um sentimento preconizado. Há ritos religiosos, jurídicos, militares, familiares, morais, etc. Na vida social, os ritos se interpõem por meios de costumes. A noção de Rito está, quase sempre associada a uma fórmula tradicional e a um tipo de reverência ou culto.
A Maçonaria comunica-se em diferentes Ritos concebidos para atender a determinadas circunstâncias históricas e geográficas mundiais. Denomina-se de rito maçônico um conjunto sistemático de cerimônias e ensinamentos maçônicos. Esses variam de acordo com o período histórico, conotação, objetivo e temática dada pelo seu criador; muitos ritos existiram por breves períodos de tempo e foram extintos, muitos mantém suas tradições inalteradas até hoje, estima-se que ao longo da historia tenha existido mais de 140 ritos diferentes, os ritos hoje mais difundidos no mundo são: O rito de York, O rito Escocês Antigo e Aceito, O rito Francês ou Moderno, O rito Schröeder, O Rito de Memphis-Misraim. No Brasil se exercem todos esses, mas se destacam também o Rito Brasileiro e o Rito Adonhiramita.
Além destes ritos que tem a sua presença de forma mais marcante no mundo e no Brasil, existem mais de cem outros ritos, como por exemplo: Rito do Anel Luminoso: fundado em 1780 e tendo com visão reviver a escola de Pitágoras; Rito dos Cavalheiros do Oriente: Sua origem remontava a maçonaria primordial baseada nas tradições egípcias; Rito dos Arquitetos da África: surgiu na Áustria em 1787 e dedicava-se a investigações históricas sobre a maçonaria; Rito de Heredom: surgiu na França em 1758 e tinha como foco os Cavaleiros Templários; Rito Platônico: Fundado em 1842 se espelhava na academia Platônica; Rito Eclético Lusitano : Foi uma tentativa de constituir um rito próprio e exclusivo dos maçons portugueses. Foi elaborado em 1838 durou pouco mais de 23 anos e foi incorporado ao Rito Francês. Muitos outros ritos são conhecidos na história da maçonaria, muitos destes serviram de alicerce para os ritos hoje largamente praticados.

Muitos outros se perderam nas areias do tempo, mas independente dos ritos e obediências e por trás de todos eles estavam os nossos irmãos maçons que defenderam e propagaram a maçonaria pelos quatros cantos da terra.